GIBSON: 10 guitarristas nomeiam seus guitar heroes

Guitarristas sempre têm ídolos que os levaram a tocar o instrumento. Às vezes essas influências são diretamente ligadas ao tipo de música que eles acabam seguindo, mas, em alguns casos, o contato com o mundo do Rock ou do Blues pode ser apenas um ponto de partida e eles acabam seguindo uma direção completamente diferente. Mas o que dizer sobre os heróis da guitarra que os inspiraram? Nesta lista estão dez guitarristas influentes que falam sobre seus próprios heróis da guitarra.

1. Billy Gibbons

Pode não ser surpresa que Gibbons tenha se inspirado em Robert Johnson. "Todos prestavam atenção em suas faixas. Mas assim como muitas vezes foram feitos covers, regravações e reinterpretações de Robert Johnson, nenhum guitarrista conseguiu recapturar o DNA interno dele", disse Gibbons em uma entrevista à NPR sobre a primeira vez que ouviu Johnson. "Você pode pegar a mesma guitarra, ir ao mesmo quarto de hotel, mas fazer como R.J. fez em 1936 - esqueça. Não rola."

2. Eddie Van Halen

Em sua primeira grande entrevista como músico profissional em 1978, Eddie Van Halen falou à revista Guitar Player sobre suas influências: "minha principal influência foi Eric Clapton. Percebo que meu estilo não soa como o dele, mas conheço cada solo que ele já tocou, nota por nota, até hoje. Meus favoritos são os das versões ao vivo de "Spoonful" e "I'm So Glad" do CREAM. Também gostava muito dos solos de Jimi Hendrix."

3. Slash

"Basicamente, todo o meu estilo de tocar é influenciado por guitarristas de Blues. Pode parecer surpreendente, mas é daí que surge toda a minha viagem. [...] Então também tem Jimi Hendrix, Mick Taylor, Jeff Beck - toda minha instrução vinha de guitarristas clássicos dos anos 60 e 70. [...] Percebi que a levada era essencialmente a mesma que eu estava ouvindo o tempo todo - apenas o contexto era diferente. Escutei vários grandes guitarristas de Blues, mas os dois caras mais consistentes que me lembro são Albert King e BB King. O estilo deles nunca desaparece", disse Slash em entrevista ao MusicRadar.

4. Joe Bonamassa

Ter uma boa vibrato [técnica usada em instrumentos de corda] é importante para todos os guitarristas, ainda mais para músicos de Blues, que basicamente usam a guitarra para transmitir sentimentos ao público. Joe Bonamassa falou de suas influências quando o assunto é vibrato em uma entrevista à Guitar Center: "aprendi sobre vibrato basicamente com três pessoas: BB King tem o vibrato mais identificável, você sabe que é ele de cara. Também aprendi com Clapton e Paul Kossoff do FREE. Kossoff realmente mandava ver e conseguia o máximo de emoção em cada frase. A coisa mais importante que aprendi com esses três guitarristas é que a vibrato é, basicamente, sua impressão pessoal ou sua marca. Qualquer um pode tocar só as notas sem vibrato, mas seu estilo linguístico e sua vibrato são seu DNA sonoro."

5. Zakk Wylde

Quando a Gibson questionou Zakk Wylde sobre suas influências, o guitarrista revelou como ele veio a tocar uma Les Paul: "bem, tinha Jimmy Page, Randy Rhoads, Hendrix, Gary Moore, todos eles tocaram Gibsons. Além disso, eu já vi fotos de Clapton e Keith Richards com Les Pauls. Eu disse a mim mesmo, 'beleza, essa é a guitarra para mim'. É só a melhor guitarra do mundo. O espectro de sons que você pode obter com uma Les Paul é imbatível. Você pode tocar Al Di Meola com levada ou intensidade super metal. Você não pode fazer isso com qualquer outra guitarra. De maneira nenhuma."

6. Jack White

Velhos grandes nomes do Blues como Robert Johnson e Blind Willie McTell exerceram uma profunda influência sobre Jack White. Em entrevista ao The Guardian, ele explicou sobre estas raízes do Blues que o inspiram: "como compositor, mesmo se você estiver cantando sobre outras pessoas ou fazendo um personagem, ainda é o seu trabalho diante do mundo e tudo começou nas décadas de 1920 e 1930 com estes cantores de Blues. Foi a primeira vez na história que uma única pessoa foi gravada contando uma história qualquer para o mundo." Mas Jack não está totalmente focado no passado. Quando ele foi entrevistado pelo ex-baixista do GUNS N'ROSES, Duff McKagan, para o Seattle Weekly, ele revelou que foi inspirado pela ex-banda de Duff em sua juventude: "escutei muito sua música quando era mais jovem, o que por sinal foi uma grande influência sobre mim."

7. Mattew Bellamy

Sem dúvida que o frontman do MUSE se baseia em uma série de influências de vários gêneros quando está escrevendo canções para sua banda. Mas quando o assunto é tocar guitarra, existe uma pessoa em particular que o inspira, como ele contou à NME: "a primeira vez que realmente me animei com guitarras foi quando tinha 12 anos. Naquela época não estava por dentro da música pesada. Tudo rolava sobre coisas que meu pai tocava - Dick Dale, Simon & Garfunkel. Mas então vi um vídeo de Jimi Hendrix tocando na famosa apresentação no Festival Monterey Pop. Mais do que as músicas, o que mudou minha vida foi a liberdade, a expressão que ele deu à performance. Havia uma sensação de selvageria, perigo irresponsável, que chegou ao auge quando ele quebrou e colocou fogo em sua guitarra no final."

8. Richie Sambora

Em uma entrevista ao The Hollywood Reporter, Richie falou sobre o que o inspirou a tocar em seu álbum solo "Aftermath of the Lowdown": "houve uma ferocidade de comunicação entre nós que você realmente pode ouvir neste disco. Eu decidi deixar aquelas jams estendidas. Aquelas foram minhas influências, os Jimi Hendrix do mundo, Eric Clapton e Jeff Beck - caras que tocavam suas guitarras elétricas e movidos unicamente por você."

9. Joe Perry

O guitarrista do AEROSMITH revelou à Premier Guitar que a primeira encarnação do FLEETWOOD MAC com Peter Green no comando afetou demais seu estilo como guitarrista: "realmente tenho o estilo, a atitude e o som de Peter Green. Esses caras não se importavam em ser estrelas do Rock. Tudo era música para eles. Virei um grande fã do FLEETWOOD MAC. Creio que você poderia dizer que eu fui muito influenciado pela segunda onda de bandas britânicas, como o THE YARDBIRDS, FLEETWOOD MAC e o THE WHO."

10. Dan Auerbach

Não é surpresa que Dan Auerbach do THE BLACK KEYS é fortemente influenciado pelo falecido guitarrista de Blues Junior Kimbrough. Afinal, o THE BLACK KEYS lançou um álbum com covers de Kimbrough em 2006, chamado "Chulahoma". Em entrevista à Guitar World, Dan falou sobre o que o inspira na música de Kimbrough: "Junior mudou tudo para mim. Quando ouvi seu álbum 'All Night Long', saí da faculdade e comecei a tocar sério. É uma estranha música dançante do Mississipi. Ele apareceu com um estilo próprio, influenciado por culturas locais. Ele teve a coragem de tentar algo diferente."

Fonte: http://www2.gibson.com/News-Lifestyle/Features/en-us/10-Guitar-Heroes-Name-their-Own-Guitar-Heroes.aspx

LED ZEPPELIN: a história por trás de Stairway to Heaven

Oito de novembro de 1971. Esta é a data em que o LED ZEPPELIN lançou o álbum Led Zeppelin IV e um disco promocional para as rádios FM daquele tempo com uma canção que se tornaria o hit mais tocado em rádios do mundo inteiro, "Stairway To Heaven". Por muito tempo foi um improvável sucesso por causa dos seus longos 8 minutos de duração.

"Stairway To Heaven", que a lenda da Gibson Les Paul Jimmy Page descreveu como "cristalizadora da banda", começou a tomar forma em 1970 durante as férias de Page e do vocalista Robert Plant no interior do país de Gales em um chalé chamado Bron-Yr-Aur. Page lá desenvolveu a parte acústica da canção e Plant escreveu os versos iniciais. Tempos depois a banda se reuniu em um ensaio em Headley Grange e começou a construir a canção em East Hampshire, na Inglaterra. Jimmy Page tinha partes diferentes entre o elétrico e o acústico que sentiu que poderiam ser relacionadas ao tema inicial. Enquanto tentou ligar as seções juntamente com o baterista John Bonham e o baixista John Paul Jones, o guitarrista se isolou num canto, escrevendo. Quando se levantou e começou a cantar, aproximadamente 80% da letra de 'Stairway To Heaven" estava completa.

O LED ZEPPELIN montou o ritmo básico da música em dezembro de 1970 no Basing Street Studios em Londres. No início de 1971, Robert Plant compôs seus vocais em Headley Grange. Page ainda alterou seus solos. A coisa não estava legal. Segundo John Paul Jones, era visível a preocupação nos olhos de Jimmy Page. Então, Jones quebrou a tensão se virando para o mago da guitarra e dizendo "você está me deixando paranóico". Page devolveu, "VOCÊ está me deixando paranóico". E com o ar limpo pelas gargalhadas Jimmy cravou a arquitetura elaborada do solo em algumas passagens a mais.

A primeira exibição ao vivo de "Stairway To Heaven" foi em 5 de março de 1971, bem antes do lançamento de Led Zeppelin IV, quarto álbum da banda e onde a música foi incluída. Declaradamente levou algumas semanas para a melodia conquistar os fãs, mas quando o grupo apareceu no cinema London´s Paris em abril para uma gravação de um concerto para a BBC, ela deixou o público louco.

Uma das assinaturas visuais da canção é Page empunhando uma guitarra Gibson EDS-1275 dupla sobre seus ombros. Mas mais importante do que o visual da guitarra é a sua funcionalidade. A EDS-1275 o salvou do problema de ficar trocando de guitarra de 6 cordas por outra de 12 cordas nas apresentações. Em 2007 a Gibson Custom Shop construiu 250 guitarras EDS-1275 Vintage assinadas por Jimmy e modeladas com o vermelho original como em 1971.

O que muitos não sabem é que a gravadora Atlantic pressionou a banda a editar "Stairway To Heaven" para ter um comprimento mais "amigável" para as rádios, visando o lançamento do álbum Led Zeppelin IV em novembro de 1971, pois assim ela poderia ser enviada a programadores como um single convencional. Mas a banda foi firme em recusar. "Stairway To Heaven" foi uma obra de arte totalmente realizada, eles alegaram. Assim, a Atlantic teve que se contentar em abastecer as rádios com um EP - um incrível EP. No lado A estava "Stairway" e no lado B "Black Dog" e "Rock n´Roll".

Perto do ano 2000, foi estimado que "Stairway To Heaven" foi tocada mais de três milhões de vezes no rádio e continua sendo uma das mais populares partituras de rock, vendendo cerca de 15 mil cópias por ano. No entanto, ela ficou apenas em 31º lugar na lista das "500 maiores canções de rock de todos os tempos" da Revista Rolling Stone em 2004, embora a Guitar World tenha classificado como número 1 o impressionante solo de Jimmy Page na lista dos "100 maiores solos de guitarra da história do Rock n' Roll".

"Stairway" não é a única faixa épica no disco Led Zeppelin IV. O cover de MEMPHIS MINNIE (cantora e compositora de blues norte americana), "When The Levee Breaks", também cronometrado em mais de sete minutos e também conta com sequências de violão e gaita. Outra canção, "The Battle of Evermore", também conquistou a influência idílica de Bron-Yr-Aur e "Misty Mountain Hop" e "Four Sticks" acrescentaram ao álbum um lado visceral enquanto "Going To California" exibe a maestria da banda com um blues dinâmico. O álbum Led Zeppelin IV chegou ao número dois da Billboard, mas "Stairway To Heaven" dominou as paradas de rádio durante triunfantes 44 semanas.

Page ainda considera a música um marco. "Todo músico quer fazer algo de qualidade duradoura, algo que ficará por aí por um longo tempo. Acho que nós fizemos isso com Stairway", disse ele ao jornalista musical e cineasta Cameron Crowe em 1975.


Fonte: http://www2.gibson.com/News-Lifestyle/Features/en-us/story-behind-stairway-to-heaven-1026-2012.aspx

GUNS N'ROSES: três shows históricos que permanecem nas sombras

Desde os primórdios o GUNS N'ROSES é conhecido por suas performances cheias de energia sobre o palco, e que grande parte delas são facilmente encontradas em plataformas de vídeo online.

Entretanto, há alguns registros ao vivo da banda que possuem algum valor histórico, especialmente para os antigos fãs, e que permanecem nas sombras sem um lançamento comercial ou liberados gratuitamente em qualquer site de compartilhamento de vídeos. Talvez estejam no fundo de um armário em alguma gravadora ou nos arquivos pessoais dos membros ou pessoas envolvidas com a banda no passado. A seguir três apresentações do GUNS N'ROSES que deveriam ser lançadas oficialmente:


1. LIVE AT GIANTS STADIUM 88

O GUNS N'ROSES havia sido formado apenas três anos antes. Este é um show de abertura para o AEROSMITH quando a banda já havia lançado o clássico "Apetitte for Destruction" e prestes a liberar o "Lies". Imagens desta apresentação podem ser vistas no clipe de "Paradise City", o que leva a crer que ela pode ter sido gravada profissionalmente. Até então, tudo o que se encontra online é o áudio do setlist show, sem vídeo.




2. LIVE AT CASTLE DONINGTON PARK 88

Foi em agosto de 1988. A banda voou até a Inglaterra para se apresentar no festival Monsters of Rock daquele ano. Apesar de ocorrerem duas mortes no evento, este é mais um show do GUNS N'ROSES clássico que desperta interesse. Tudo que se encontra online é uma filmagem amadora de 18 minutos, onde não é possível ver ou identificar câmeras profissionais. Também no clipe de "Paradise City" aparecem imagens deste show.




3. LIVE AT WEMBLEY 91

O GUNS N ROSES já promovia, desde janeiro de 1991, os álbuns "Use Your Illusion", que foram lançados em 17 de setembro daquele ano. Em 31 de agosto a banda se apresentou no lendário estádio de Wembley em Londres - Inglaterra. Foi a última apresentação com o guitarrista Izzy Stradlin como membro oficial do grupo. A abertura ficou por conta do SKID ROW de Sebastian Bach - que também estava a todo vapor na época, o que sugere que aquela noite tenha sido mágica para os fãs de Hard Rock que estavam lá. A apresentação do SKID ROW foi filmada profissionalmente e a canção "Live and Let Die" foi transmitida ao vivo, via satélite, para o Vídeo Music Awards americano naquela noite. Então, porque não acreditar que existe a filmagem profissional do show do GUNS N'ROSES? Uma gravação amadora deste show também já pôde ser encontrada online. Alguém teve a ideia de filmar um dos telões do palco durante a apresentação.


ALICE COOPER: Trashes The World não é para corações fracos

No dia 25 de Julho de 1989, Alice Cooper lançou "Trash", um dos mais consagrados álbuns de sua carreira. E como parte da promoção do disco, Alice e sua banda caíram na estrada no final de outubro daquele ano para a "Trashes The World Tour" que duraria até outubro de 1990. A turnê passou por Estados Unidos, Canadá, alguns países da Europa, Japão, Austrália e Nova Zelãndia.

No dia 13 de dezembro de 1989 Alice aterrisou na cidade de Birmingham, Inglaterra, para fazer o primeiro de dois shows naquela cidade. O registro em vídeo desta apresentação foi parar em "Alice Cooper - Trashes The World", lançado em 1990 em VHS e disponível em DVD desde 2004. Um concerto perfeito, recheado de clássicos e com as habituais performances teatrais "macabras" do tio Alice, mostrando o vocalista e sua banda entrosadíssimos e em grande forma.

"Trashes The World" é um ítem indispensável em qualquer coleção de Alice Cooper e, como diz na contra capa da obra, "não é para os fracos de coração". Mostra um dos melhores shows de Hard Rock da história e uma das melhores e mais empolgantes performances da carreira de Alice. Se você é fã do vocalista e ainda não conhece este DVD, vale a pena adquiri-lo. Confira abaixo a execução das canções "I'm Your Gun" e "Spark In The Dark".

ALICE COOPER - TRASHES THE WORLD

01. Trash
02. Billion Dollar Babies
03. I'm Eighteen
04. I'm Your Gun
05. Desperado
06. House of Fire
07. No More Mr. Nice Guy
08. This Maniac's in Love with You
09. Steven
10. Welcome to My Nightmare
11. Ballad of Dwight Fry
12. Gutter Cats Vs The Jets
13. Only Women Bleed
14. I Love the Dead
15. Poison
16. Muscle of Love
17. Spark in the Dark
18. Bed of Nails
19. School's Out
20. Under My Wheels

Alice Cooper: vocal
Al Pitrelli: guitarra
Pete Freezen: guitarra
T-Bone Caradonna: baixo
Derek Sherinian: teclados
Jonathan Mover: bateria


SLASH SNAKEPIT: confira apresentação da banda em 2001

O festival chamado "Buffalo-Niagara Guitar" foi um evento de música realizado entre 2001 e 2007, geralmente durante o mês de junho - temporada de verão no hemisfério norte. Nele se apresentavam vários guitarristas - alguns conhecidos, outros nem tanto - de várias vertentes do rock, com suas respectivas bandas.

A primeira edição do festival na cidade de Buffalo nos Estados Unidos, em 2001, contou com nada menos do que Slash e sua então banda, o SLASH'S SNAKEPIT. O guitarrista havia reformado o grupo (totalmente diferente de sua primeira versão) e acabara de lançar seu segundo álbum, "Ain't Life Grand", no ano anterior. Mesmo assim, a banda que tocou no evento ainda tinha uma modificação: o guitarrista Keri Kelly no lugar de Ryan Roxie.

Nessa época, Slash havia passado por um grave problema de alcoolismo, chegando a sofrer um ataque cardíaco e passar alguns meses sob recomendações médicas. Em sua autobiografia, o guitarrista relata: "esse período em particular, de 1999 a 2001, foi, sem dúvida, o mais sombrio da minha existência neste mundo. O ato de beber socialmente se transformara em grave alcoolismo. (...). Acho que paguei meus pecados depois do Guns. Foi uma fase dura, mas creio que foi algo pelo qual tive de passar para ser capaz de me concentrar e ver o quanto sou realmente tenaz e resistente. E para redescobrir quanto eu ainda ansiava por prosseguir."

Após se reabilitar, Slash fez questão de cumprir todas as datas do SNAKEPIT que haviam sido adiadas e a banda foi recrutada para se apresentar em 17 de junho de 2001 no festival Buffalo-Niagara Guitar. No setlist, canções dos dois álbuns do SNAKEPIT, dando mais ênfase ao segundo e, claro, do GUNS N'ROSES. O SLASH'SNAKEPIT encerraria as atividades em 2002.

Abaixo você confere a ótima apresentação no festival em 2001, com filmagem profissional.



Setlist:

01. Just Like Anything (incompleta)
02. Mean Bone
03. Back To The Moment
04. The Truth
05. Ain't Life Grand
06. Mr. Brownstone
07. Beggars & Hangers-On
08. Speed Parade
09. Créditos com It's So Easy (apenas com algumas imagens)

Rod Jackson: vocal
Slash: guitarra
Keri Kelli: guitarra
Johnny "G" Blackout: baixo
Matt Laug: bateria

MÖTLEY CRÜE: The Dirt é o rock n´roll escrito

Finalmente, depois de 19 anos do lançamento, a autobiografia colaborativa do MOTLEY CRUE, "The Dirt: Confissões da Banda de Rock Mais Infame do Mundo", foi traduzida para o português e lançada pela editora Belas Letras no Brasil (link no final desta matéria).


O livro - originalmente lançado em 22 de maio de 2001 - conta a história da maior banda de Glam Metal da história por seus próprios membros. A ascensão ao estrelato nos anos 80 e seus altos e baixos. São mais de 400 páginas contendo relatos sobre o envolvimento com drogas, sexo, as tragédias e as controvérsias em torno do quarteto, e mais de 100 fotos históricas que elevam o tom dramático de todo o contexto. Tudo orquestrado pelo escritor do New York Times, Neil Strauss.

O livro ainda contém colaborações de John Corabi - vocalista da banda entre 1992 e 1996, o ex-gerente do grupo, Doc McGhee, e de Tom Zutaut - produtor que assinou o primeiro contrato do CRUE com a gravadora Elektra em agosto de 1982, além de outras pessoas envolvidas com o grupo nos anos 80 e 90.

"The Dirt" é uma obra de arte que impressiona pela quantidade de detalhes de todas as narrativas. A história de cada integrante desde a infância e o desenvolvimento do interesse pela música até o final dos anos 90, quando o grupo, sem o baterista Tommy Lee, lutava para se manter em evidência numa época não tão favorável ao Hard Rock/Glam Metal. As narrativas brilhantemente se entrelaçam ao longo da leitura, envolvendo e prendendo a atenção do(a) leitor(a).

O jornal San Antonio Express classificou "The Dirt" como "provavelmente a história mais selvagem do rock'n'roll" e Joe Levy da revista Rolling Stone disse: "Sem dúvida, é a mais detalhada história de prazeres e perrengues do rock que eu já li. É completamente envolvente e extremamente revoltante".


Em 2009 o vocalista Vince Neil foi questionado pelo site Lemondrop.com sobre o que ele achava que tornava o livro um clássico do gênero de biografias sobre celebridades. Ele respondeu: "Gosto do jeito como o livro foi escrito. Quando ocorria um incidente, todos estavam lá, mas cada um deu sua versão do fato - é assim ao longo de todo o livro. Somos sortudos por estarmos vivos depois de todas as loucuras que fizemos durante anos".

Se você for um fã ou uma fã do MOTLEY CRUE, os chamados CRÜEHEADS, "The Dirt" faz você se apaixonar ainda mais pelo quarteto e sua discografia. É garantido. Eu mesmo já perdi as contas de quantas vezes coloquei todos os discos para ouvir depois de ler e folhear o livro - por mais de uma vez. Leitura agradável e altamente recomendável.

O livro "The Dirt: Confissões da Banda de Rock Mais Infame do Mundo" pode ser adquirido pelo site da editora Belas Letras.

O livro é proibido para menores de 18 anos por conter relatos explícitos de violência, sexo e drogas.

VERUCA SALT: as várias faces de "Seether"

O VERUCA SALT é um quarteto de rock alternativo formado em 1992 em Chicago, EUA, pelas vocalistas e guitarristas Nina Gordon e Louise Post, pelo baixista Steve Lack e pelo baterista - e irmão de Nina - Jim Shapiro. Se você é do tempo da MTV em UHF no Brasil, em meados da segunda metade da década de 1990, pode ter se deparado com a banda na TV em algum momento.



Ao todo o grupo tem 5 álbuns lançados, sendo o último, o excelente "Ghost Notes", de 2015. Ao longo dos anos a banda teve altos e baixos e várias formações, incluindo a saída de Nina Gordon em 1998 após desentendimentos com Louise Post. A banda chegou a encerrar as atividades em 2012, quando anunciou um hiato em março. Gordon e Post resolveram suas diferenças somente em 2013 e reataram a amizade. Em 15 de março daquele ano a banda anunciou a volta de Nina e o retorno do lineup original.

O VERUCA SALT é bastante conhecido por sua canção "Seether", terceira faixa de seu ótimo álbum de estreia, "American Thighs", de 1994. A música, composta por Nina Gordon, se tornou um clássico da banda, indispensável em qualquer apresentação ao vivo. "Seether" foi reinventada ao longo dos anos, sendo tocada de maneiras diferentes pelo grupo. Confira a seguir.


Em 1994, quando a banda vivia os ares de "American Thighs", seu primeiro álbum.



Em 1995, no festival Glastonbury em junho daquele ano. Tudo bem que o baterista Jim Shapiro teve sua caixa da bateria danificada no final, mas o brilho da canção não foi afetado. E o vestido de Louise Post fazendo alusão à capa de "American Thighs" também é um mero detalhe.



Em 1997, no Bizarre Festival, em agosto. Introdução diferente e já sem Shapiro e Steve Lack.



Em 2014, numa das primeiras apresentações após o retorno de Nina e da formação original.



Em 2015, em uma outra sessão acústica para a RadioDBC em 30 de julho.



Em 2018, no Lodge Room em Los Angeles.



Um brinde ao VERUCA SALT e a toda saudade e nostalgia dos anos 1990 que a banda carrega.






#VerucaSalt

Cobras, Galinhas e Espíritos: os pesadelos de Alice Cooper




Chegando 12 horas antes a um encontro com Frank Zappa



Depois de tocar em um show no outrora famoso Whiskey-a-Gogo em Los Angeles, a banda foi abordada pelo manager, Shep Gordon. Foi Shep quem os levou a uma audição com Frank Zappa. O grupo achou que o teste seria às 07:00 da manhã (quando na verdade seria às 07:00 da noite) e apareceu na casa de Frank em traje de gala da época. Frank se mostrou tão surpreso que uma banda estaria pronta para tocar tão cedo que assinou com eles um contrato de três álbuns.


Outdoor erótico em homenagem à Inglaterra


Quando Alice Cooper fez sua primeira turnê na Inglaterra, alguns membros do Parlamento britânico queriam banir o grupo. Quando finalmente pôs os pés naquele país, Alice disse "olá" da sua própria maneira. Seu caminhão foi apreendido durante a hora do rush. O engraçado eram os outdoors em ambos os lados do caminhão, cuja fotografia era de Cooper vestindo nada além de uma jibóia.



A cobra que fugiu pela privada



Alice Cooper e banda estavam tocando em um show em Knoxville, no Tennessee, quando sua serpente desapareceu. Alice havia deixado a cobra no banheiro do hotel durante a noite e de manhã ela havia ido embora. A banda contatou a gerência para informar o sumiço do réptil. A equipe procurou a cobra, mas não conseguiu localizá-la. A banda então continuou a turnê. Cerca de duas semanas depois, a cobra foi encontrada. Aparentemente, ela se escondeu no encanamento do banheiro.

A morte viajando ao lado de Alice Cooper


Enquanto viajava para a Inglaterra, no avião, Alice sentou-se ao lado de uma senhora idosa que vinha de Beirute. A senhora, que Alice estimou que tivesse cerca de 85 anos, disse que iria dormir até que o avião pousasse. Alice ficou mais do que feliz em concordar. Após o desembarque, o vocalista tentou acordar a senhora e descobriu que ela estava morta. O corpo foi removido do avião e Alice foi questionado sobre o que tinha acontecido. Depois de ouvir a história, as pessoas disseram "uau" e então foram checar por buracos na garganta da senhora.


O nome sugerido por um espírito

Rumores sempre cercaram a banda. Uma das histórias mais debatidas é sobre porque sua banda tem seu nome. Uma versão diz que o nome foi escolhido através de um tabuleiro Ouija. Aparentemente, o nome foi mostrado a eles e então o tabuleiro Ouija passou a informação de que Vincent era, na verdade, uma reencarnação de uma bruxa que viveu no século 17. O nome da bruxa era Alice Cooper. Outra versão diz que eles escolheram o nome porque ele tem a imagem de uma "garota linda e generosa com um machado cravado nas costas". Uma outra versão diz que é uma paródia sobre os quadrinhos Archie. Alice Cooper seria o nome da mãe de Betty. Ainda está em debate sobre qual destas histórias é verdadeira.



A cobra que comeu mais do que devia


Uma outra história famosa sobre uma das serpentes de Alice envolve uma almofada de aquecimento [répteis costumam ter uma em seu terrário]. Um rato foi dado à cobra para que ela se alimentasse mas, ao que parece, a cobra não se contentou apenas com o bicho. Ela comeu o rato, fios de aquecimento, almofada e tudo. Imediatamente a banda foi atrás de um veterinário para examinar o réptil. O veterinário disse que foi "o mais surpreendente raio-x" que ele já tinha feito. Mas tudo terminou bem, o veterinário conseguiu remover a almofada e Alice conseguiu outro réptil emprestado até que sua cobra se recuperasse.


O famoso incidente da galinha

Uma outra história que circula sobre Alice Cooper é sobre o incidente da galinha. A banda estava em Toronto, no Canadá, tocando com John Lennon e Yoko Ono no Peace Festival. Uma galinha entrou no palco de alguma forma. Alice, que é de Detroit, não tinha idéia que uma galinha não podia voar. Ele jogou a ave para o público, imaginando que ela iria voar para longe, mas ao invés disso ela caiu e foi morta. Os jornais publicaram que Alice tinha mordido a cabeça da galinha e bebido seu sangue. Ao saber deste incidente, Frank Zappa chamou a banda para se informar sobre a história. Alice negou o que os jornais disseram. Uma celebridade que levou o incidente a sério foi Pete Townsend do THE WHO, cuja letra de "Put the Money Down" menciona o ocorrido ("there are bands killing chicken").

A cobra... sempre a cobra...


Alice Cooper aprendeu com o tempo que, se você trabalhar com répteis, coisas estranhas acontecem. Enquanto se apresentava no House of Blues em Los Angeles a cobra sujou todo o palco. Todo o palco. Alice estava no meio da canção e não havia nada que ele pudesse fazer. A platéia estava dando gargalhadas e a cobra apenas continuava. Quando o réptil saiu, havia material por todo o palco e em Alice. Ele teve que terminar o show tentando não vomitar.

GUNS N´ROSES: em 17 de julho de 1993, a última apresentação com Slash (até 2016)

Em 17 de julho de 1993 o GUNS N'ROSES tocava em Buenos Aires - Argentina, no estádio do River Plate, diante de cerca de 80 mil pessoas. Era a última apresentação da turnê Use Your Illusion, que fora rebatizada pela banda em sua última etapa para "Skin N'Bones", cuja finalidade, segundo o guitarrista Slash, era "fazer com que a banda obtivesse lucros, pois toda a produção foi reduzida ao essencial. Ficamos com Dizzy Reed [tecladista], mas tivemos que dispensar Teddy [Zig-Zag], o conjunto de sopros e as garotas de backing vocals. Essa turnê continha uma sessão acústica no meio da apresentação que destacava os sucessos do álbum Lies, como também alguns covers como 'Dead Flowers'".



Alheio aos hoje conhecidos problemas de bastidores da banda na época, o que se via sobre o palco era a energia e empolgação de sempre. A parte hilária foi a participação do finado baterista Cozy Powell (RIP) em "Used to Love Her", trajado como entregador de pizza. Na época, Powell tocava com a BRIAN MAY BAND, que abriu os shows do GUNS N'ROSES no final da turnê.

O show foi marcado por ter sido a última vez, até 2016, em que o vocalista Axl Rose e o guitarrista Slash dividiram o mesmo palco. Destaque para o longo abraço de ambos ao final da apresentação. Mal sabiam eles o significado que aquele gesto teria, mais de 20 anos depois, para milhões de fãs do mundo inteiro. Indiretamente, era o fim de uma era e um ciclo era encerrado ali. Foi como se eles soubessem disso.

O GUNS N'ROSES ainda lançaria o álbum de covers "The Spaghetti Incident" em novembro de 1993, mas o que se seguiu nos anos posteriores foram desencontros e especulações até a dissolução do grupo como era conhecido.

"Fizemos nosso show de encerramento na Argentina, em 17 de julho de 1993. Se bem me lembro, tocamos até cerca de duas da manhã, e então tomamos conta do bar do hotel até as seis. Quando retornamos a Los Angeles, recebemos a honra de termos feito a turnê mais longa da história do Rock. Foram cento e noventa e dois shows em dois anos e meio, abrangendo vinte e sete países. Mais de sete milhões de pessoas nos viram tocar. Não costumo ficar registrando minhas realizações, mas, se fosse o caso, seria essa que apontaria em primeiro lugar", relatou Slash em sua autobiografia.

#gunsnroses #slash

GUNS N' ROSES: O incidente de St. Louis em 1991

O GUNS N'ROSES tem um histórico de confusões sobre o palco. Um longo histórico. E um de seus infames momentos aconteceu em 2 de julho de 1991, quando a banda tocou no Riverport Amphitheater em St. Louis, EUA.



Tudo começou bem, como de costume, mas no momento em que o grupo tocou a décima quinta canção do set, "Rocket Queen", as coisas ficaram bem ruins. O vocalista Axl Rose viu alguém da plateia tirando fotos do show e havia pedido à segurança para impedir isso. "Tirem aquele cara", gritou ele no meio da canção.

Aparentemente, o segurança não agiu rápido o suficiente para Axl, que gritou: "vou pegá-lo, porra!". Em seguida o vocalista pulou na multidão, indo de encontro ao fotógrafo. Ele pegou a câmera, atacou algumas pessoas (do público e da segurança) e foi retirado de volta ao palco pela equipe do GUNS N'ROSES.

Axl pegou o microfone e disse "graças à segurança de merda, estou indo para casa", jogou o equipamento no chão e se retirou. O restante da banda o seguiu, com o guitarrista Slash dizendo ao público: "ele quebrou o microfone, estamos indo embora". A plateia então começou a revolta, deixando dezenas de fãs feridos.

Axl foi acusado de incitar o motim, mas não foi preso porque a banda se mandou para uma turnê europeia. Quase um ano depois ele respondeu pelo incidente, mas um juiz declarou sua inocência.

Mais tarde a banda afirmou que eles solicitaram quatro vezes aos seguranças para retirar as câmeras que viram na plateia. Também relataram que foram atingidos por garrafas, pois a segurança do show era muito frouxa. Quando o GUNS N'ROSES lançou os álbuns "Use Your Illusion", foi colocada uma mensagem oculta na arte da capa. Olhe atentamente e você verá escrito "F-You, St. Louis" na lista de agradecimentos dos álbuns.


Fonte: http://ultimateclassicrock.com/guns-n-roses-riverport-riot/